Apresentação da Biografia:
Celebrada médium de transe nascida em 28 de maio de 1882.
Hereward Carrington a designou como "A Sra. Piper britânica", e ela teve, durante toda sua vida, uma reputação como uma das maiores médiuns de transe.
Em sua autobiográfica My Life in Two Worlds (1931) ela lembrou da infância: "para tudo o que eu estivesse olhando, a aparência física da parede, a porta, o teto, ou qualquer que seja, desapareceria, e em seu lugar gradualmente apareciam vales, pequenas montanhas, adoráveis árvores e bancos cobertos com flores, de toda forma e matiz. A cena parecia se estender a muitas milhas, e eu estava consciente que poderia ver muito mais distante do que fosse possível com a paisagem física ordinária ao meu redor".
Leonard, quando adulta, logo se tornou uma cantora profissional e durante este período adquiriu conhecido experimental sobre fenômenos do Espiritualismo através das experiências das mesas girantes. Ela se sentou com duas amigas em seu vestiário. Depois de 26 fúteis tentativas, um comunicador apareceu e se chamou "Feda" e disse que em uma vida havia sido a esposa de um dos antepassados de Leonard. De acordo com a sua consideração, Feda era muito jovem na época e viveu apenas um pouco tempo depois do casamento; ela morreu com treze anos, perto de 1800. Leonard abandonado a carreira de cantora e dali em diante dedicou muito de seu tempo a sua Mediunidade.
De seu primeiro aparecimento, "Feda" permanecia uma assistente fiel de Leonard e era sempre a primeira a ser bem sucedida quando Leonard entrava em transe. Durante suas primeiras manifestações, de acordo com os relatórios, pelas comunicações de mesa, sua forma, e de outros amigos espirituais, era bem distintamente vista na luz sobre as paredes brancas, "como sombras claramente cortadas, que apareciam perfeitamente contra a luz de fundo". Porém, os fenômenos físicos de impacto, como ectoplasma ou materialização, não se desenvolveram. Leonard às vezes escutava objetivamente vozes, sentia leves toques e pequenas manifestações quando estava sozinha, sendo sempre ciente a respeito do sentimento de branco ou "interrupção" quando tais coisas aconteciam. Sua familiaridade com fenômenos físicos aconteceu apenas depois de suas sessões com outros médiuns que apresentavam materializações e outros fenômenos. A primeira vez que ela mesma ouviu a voz de "Feda" foi numa sessão de voz direta na casa de H. Dennis Bradley. Parece que parte do poder dela, necessário ao controle do transe, estava na contribuição de seu marido, à medida que "Feda" era muito clamorosa sempre que uma separação acontecia por compromissos profissionais do marido dela. "Feda" disse que não podia usar o poder bem o suficiente durante a ausência dele.
Ocasionalmente, para propósitos médicos, "Feda" cedia a vez para "North Star", outro índio, que não falava por Leonard, mas articulava as "mãos e braços de um modo extraordinário, fazendo passes no paciente, e certamente ele curava várias pessoas de diferentes enfermidades".
Em março de 1914, "Feda" deu instruções que Leonard deveria começar a trabalhar como uma médium profissional assim que possível. Ao mesmo tempo, a médium era inundada com mensagens que terminavam com as palavras: "algo grande e terrível vai acontecer ao mundo. Feda deve ajudar muitas pessoas através de você".
Durante o inverno de 1914, Hewat McKenzie, o fundador da British College of Psychic Science, teve algumas sessões satisfatórias com Leonard. Por sua recomendação, Sir Oliver Lodge e sua senhora vieram, depois que o filho deles, Raymond, foi morto na Primeira Guerra Mundial em outono de 1915. A primeira evidência de sobrevivência de Raymond foi obtida por Leonard, e a publicidade que repercutiu fez de Leonard uma celebridade.
Em 1916, duas assistentes, Radcliffe Hall e (Una) Lady Troubridge, abordaram Leonard depois da morte do amigo delas, "A.V.B". Embora as assistentes e o sujeito fossem desconhecidos para a médium, "Feda" deu informações notavelmente detalhadas sobre o falecido e a casa onde as senhoras tinham morado. As assistentes não apenas abordaram Leonard anonimamente, mas também empregaram um detetive privado para ter certeza que Leonard não obtinha as informações por um modo mundano. Nenhuma fraude foi descoberta.
Em 1918, por um período de três meses, Leonard ficou exclusivamente comprometida com a Society for Psychical Research. Deu 73 sessões, todas, menos três, foram anônimas. O relatório de Sra. W. H. Salter declarou que os assistentes geralmente concordavam que tinham obtido boa evidência da sobrevivência da personalidade e também que a completa probidade da médium não podia ser questionada.
Rev. C. Drayton Thomas continuou as experiências com Leonard por anos. Importantes testes do livro e do jornal foram desenvolvidos. O falecido pai de Thomas adquiriu a habilidade de ser bem sucedido sem "Feda", a qual normalmente agia como uma intérprete para os outros, e ele falava diretamente da boca de Leonard. Thomas reportou várias ocasiões em que ele recebeu mensagens evidenciais. Por exemplo, numa ocasião ele foi informado, "no Times de amanhã, na página 8, coluna 5, mais ou menos a seis polegadas da parte inferior, você achará um nome que lhe recordará associações íntimas de sua mocidade, por volta dos 16-18 anos". Parecia que o Times havia sido "invadido" sistematicamente por informações através deste comunicador que também revelava as características pessoais ao se referir a seus livros favoritos, indicando algumas passagens em certas páginas em resposta a perguntas postas por seu filho.
Em sua autobiografia, Leonard narrou muitas interessantes experiências de viagens extracorpóreas. Ela declarou que freqüentemente encontrava pessoas no mundo espiritual e que trazia as memórias de tais reuniões no estado de vigília. Estas excursões espirituais freqüentemente receberam notável confirmação por outros meios. Leonard também cooperou com o parapsicólogo W. W. Carington nos testes para estabelecer se "Feda" era uma personalidade secundária ou um comunicador genuíno.
Depois de quase 50 anos de Mediunidade, Leonard morreu em 10 de março de 1968.
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