A Famosa Médium Inglesa Elisabeth D'Espérance nasceu em 1849 e desencarnou em 1918.
Possuía as faculdades mediúnicas de Psicofonia, Vidência e Efeitos Físicos (Materialização).
Foi médium de grande projeção, tendo servido de instrumento para as pesquisas encetadas por muitos sábios da época.
Filha de um comandante de navio, passou a infância num velho casarão no Leste de Londres, que no passado pertencera à família Cromwell. Foi nesse período que começou a ver os espíritos que circulavam no imóvel, mas que ninguém mais via, desacreditando-a e censurando-a por essas referências.
Na adolescência, entre os 13 e os 14 anos de idade, o fenômeno levou a que vivenciasse dificuldades de relacionamento com a sua mãe (que a julgava louca), o que lhe abalou a saúde. O retorno do pai nesse período levou a que diante da sua palidez e magreza, este a levasse consigo no navio em uma viagem ao Mediterrâneo.
Ao final dessa viagem, a jovem vivenciou uma vez mais o fenômeno, visualizando um veleiro fantasma que atravessou o navio do pai, deixando-a em pânico, no primeiro momento, e depois deprimida, diante da incredulidade do pai e da tripulação.
Aos 19 anos de idade foi desposada pelo Senhor Reed 1874, passando o casal a residir em Newcastle upon Tyne. Isolada na nova residência, com a companhia do marido e de um ou outro visitante, passou a conviver com as visões, o que muito a angustiou. Nesta época, ouviu falar no espiritismo e nas mesas girantes, por intermédio de um casal amigo.
Posteriormente, outros fenômenos se registraram, tornando-se patente a mediunidade de Mme. D'Espérance. Em busca de um modo mais rápido de comunicações, o que melhor resultado produziu foi a psicografia, passando nesta etapa a identificar-se os espíritos que acompanhavam aquele grupo familiar de estudos.
Com o domínio da psicografia, D'Esperance começou a perceber figuras luminosas no ambiente, que começou a desenhar. Tendo a notícia se espalhado na comunidade, diversas pessoas procuraram assistir às sessões, na esperança de obterem retratos dos parentes e amigos falecidos.
Entre estes, destacou-se um intelectual de nome T. P. Barkas, que se juntou ao grupo, passando a inquirir os espíritos sobre assuntos científicos. O nível das respostas era, muitas vezes, superior ao do próprio Barkas.
Sobre essas experiências, Barkas registrou:
"Deve ser geralmente admitido que ninguém pode, por um esforço normal, responder com detalhes, a perguntas críticas obscuras em muitos setores difíceis da ciência com que não se é familiarizado. Além disso, deve-se admitir-se que ninguém pode ver normalmente e desenhar com minuciosa precisão em completa obscuridade; que ninguém pode, por meios normais de visão, ler o conteúdo de uma carta fechada, no escuro; que ninguém, que ignore a língua alemã, possa escrever com rapidez e exatidão longas comunicações em alemão. Entretanto, todos esses fenômenos foram verificados com essa médium e são tão acreditados quanto as ocorrências normais da vida diária."
Devido à perda dos pais e a uma série de problemas domésticos, a saúde da médium foi uma vez mais abalada. Para recuperar, viajou para o Sul da França, conseguindo-o.
No regresso, dirigiu-se à Suécia para visitar um casal membro do seu antigo grupo de estudos, com quem se dirigiu a Leipzig, na Alemanha, onde conheceu o Prof. K. F. Zoellner. Graças a um incidente quando pretendia regressar à Inglaterra, passou algum tempo em Breslau, onde conheceu um amigo do Prof. Zoellner, o Prof. Friese.
De volta a Londres, reconstituiu o seu grupo, retomando as experiências. Neste novo ciclo, em câmara escura, passou a produzir-se ectoplasma, reproduzindo-se formas humanas. Foram produzidos ainda aportes de plantas e flores vivas e inteiras.
Mme. D’Espérance publicou muitos artigos na imprensa espiritualista. Três anos após ter publicado a sua auto-biografia ("Shadow Land"), publicou "Northern Lights".
Como a maioria dos médiuns de prova, Madame d’Esperance também sofreu muito durante o cumprimento da sua espinhosa missão.
Em um dos trabalhos de materialização realizado na Escandinávia, o espírito Yolanda foi agarrado por um pesquisador menos avisado, com o intuito de desmascarar, tendo a médium sofrido grande choque traumático que lhe produziu sério desequilíbrio orgânico, prostrando-a de cama.
A critica implacável daqueles que criticam os fenômenos sem ao menos os estudarem também não poupou a Madame D' Esperance. Ela também foi perseguida, desrespeitada e humilhada pelos "sabichões" que do alto de suas cátedras lançava-a "no fogo do inferno".
"Madame D'Esperance será sempre lembrada como uma das maiores médiuns do século passado e que serviu de inspiração a vários investigadores para elaborarem teorias sobre os fenômenos mediúnicos."
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