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Cronologia do Espiritismo. (1733 - 1851)

As razões dessa história

    
Galeria de Valois, no Palais Royal, local de lançamento de O Livros dos Espíritos em 1857.

Por que o Espiritismo praticamente desapareceu na França e se expandiu tanto no Brasil?

Sendo um movimento que teve tanta repercussão em sua época e nas décadas seguintes, por que é sistematicamente ignorado pela historiografia contemporânea?


Por que o Espiritismo não é citado nem reconhecido como um dos capítulos mais críticos da história do Cristianismo?

Como explicar tantas diferenças de concepção doutrinária e múltiplas tendências no Movimento Espírita?

Quais são as raízes ideológicas do Espiritismo e por que a doutrina ainda sofre tantas resistências no seu aspecto moral, inclusive entre os espíritas?

Que nomes são verdadeiramente significativos e inovadores na História do Movimento Espírita?

Discutir e tentar responder essas perguntas são os principais objetivos deste livro, não economizando para tanto, argumentos, fatos e uma vasta documentação histórica.

Desde 1926, com a publicação do clássico The History of Spiritualism, de Sir Artur Conan Doyle, não tínhamos um relato tão amplo e atualizado sobre os eventos históricos do Espiritismo e das intensas transformações ocorridas no Movimento Espírita após o desencarne de Allan Kardec, em 1869.

Mesmo assim, não só a comunidade espírita e espiritualista internacional, mas também o universo acadêmico das ciências humanas, reclamavam a falta de um trabalho que fosse ao mesmo tempo abrangente e síntese historiográfica, preenchendo o enorme vácuo deixado pelo célebre escritor inglês.

Como o próprio autor afirma em sua introdução, este estudo está longe de ser a obra definitiva sobre o assunto, mas certamente é, até agora, a continuidade de uma construção histórica e uma boa oportunidade para compreendermos o passado, o presente e o futuro do Espiritismo.

Postado por Dalmo Duque dos Santos às 08:56







“A propósito dessa história, sobre a qual dissemos algumas palavras, várias pessoas nos perguntaram o que compreenderia ela e, a propósito, nos enviaram diversos relatos de manifestações. Aos que pensaram assim trazer uma pedra ao edifício, agradecemos a intenção, mas diremos que se trata de algo mais sério que um catálogo de fenômenos espíritas, encontradiço em muitas obras.

Tendo que se destacar o Espiritismo nos fastos da humanidade, será interessante para as gerações futuras saber porque meios ter-se-á ele se estabelecido. Será, pois, a história das peripécias que tiverem assinalado os seus primeiros passos; das lutas que tiver enfrentado; dos entraves que lhe terão oposto; de sua marcha progressiva no mundo inteiro.

O verdadeiro mérito é modesto e não busca fazer-se valer.

É preciso que a humanidade conheça os nomes dos primeiros pioneiros da obra, daqueles cuja abnegação e devotamento merecerão ser inscritos em seus anais; das cidades que marcharam na vanguarda; dos que sofreram pela causa, a fim de que os abençoem; e dos que fizeram sofrer, a fim de que orem, para que sejam perdoados; numa palavra, de seus amigos dedicados e de seus inimigos confessos ou ocultos.

É preciso que a intriga e a ambição não usurpem o lugar que lhes pertence, nem um reconhecimento e uma honra que lhes não são devidos. Se há Judas, devem ser desmascarados. Uma parte que não será menos importante é a das revelações que, seguidamente, anunciaram todas as fases dessa nova era e os acontecimentos de toda a ordem, que as acompanharam.

Aos que achassem a tarefa presunçosa, diremos que não temos outro mérito senão o de possuir, por nossa posição excepcional, documentos que não pertencem a ninguém e que estão ao abrigo de quaisquer eventualidades; que, incontestavelmente, estando o Espiritismo sendo chamado a desempenhar um grande papel na História, importa que seu papel não seja desnaturado, e opor uma história autêntica às histórias apócrifas que o interesse pessoal poderia fabricar.

Quando aparecerá ela?

Não será tão cedo e talvez não em nossa encarnação, pois não se destina a satisfazer a curiosidade do momento. Se dela falamos por antecipação, é para que ninguém se equivoque quanto ao seu objetivo e seja anotada a nossa intenção. Aliás, o Espiritismo está em começo e muitas outras coisas terão passado até lá. Então, é preciso esperar que cada um tenha tomado o seu lugar, certo ou errado.”



Allan Kardec - Revista Espírita – ANO V, outubro de 1862

Postado por Dalmo Duque dos Santos às 08:54







Escrever uma história do Espiritismo implica remover alguns obstáculos que estão além da capacidade de síntese e conhecimento dos principais fatos da memória do movimento espírita.

Quando Allan Kardec publicou o texto “O que deve ser a história do Espiritismo”, ele nem imaginava que, ao invés de contribuir para o estabelecimento de diretrizes historiográficas, o seu inesquecível artigo da Revista Espírita causaria no futuro, entre os intelectuais espíritas, um enorme receio quanto à responsabilidade de assumir essa tarefa. Desencarnado, continuou tendo a mesma opinião acerca desses critérios, segundo indica o conteúdo da mensagem mediúnica inserida em Obras Póstumas por P.G. Leymarie, como complemento do texto “Os desertores”.

Por que tanto receio?

É simples: a historiografia é essencialmente ideológica e isso faz com que todos os trabalhos sejam suspeitos quanto à imagem tradicional e idealizada de neutralidade científica que deveria ter o historiador. E aqueles que se dispõem a produzir tal conhecimento acabam tornando-se referências e paradigmas, sejam como modelos ou como alvos de críticas, ainda que de natureza filosófica.

Conan Doyle, por exemplo, procurou ser imparcial e concentrou-se no aspecto fenomenal, a fase primitiva do movimento, colocando Kardec e a filosofia espírita num segundo plano. Não cometeu nenhum erro, mas simplesmente seguiu uma tendência de sua época, bastante atingida pelo ceticismo e pelo etnocentrismo cultural europeu e britânico. Seu grande mérito foi o pioneirismo e até hoje, após 80 anos, sua obra continua sendo uma grande referência, como foi anotado por seu tradutor brasileiro, Júlio Abreu filho: “Pode-se dizer que é a única História do Espiritismo surgida até agora. Fora dela o que apareceu até aqui não passa de estudo limitado no tempo e no espaço e que, de formal alguma pode emparelhar-se com o presente volume, onde, além da história descritiva, se encontra, realmente, muito da filosofia da história do Espiritismo”.

Canuto Abreu produziu textos interessantíssimos sobre as raízes da doutrina e do Codificador e, a partir disso, gerou-se uma grande expectativa sobre suas descobertas documentais, realizadas antes da II Grande Guerra, na sua famosa visita a Maison des Spirites. Da propaganda da sua vasta pesquisa permaneceu no ar a curiosidade pelas revelações históricas e a promessa de uma síntese. Seu trabalho biográfico sobre Bezerra de Menezes tinha, na verdade, a clara intenção de contar a história do movimento espírita brasileiro, mas recebeu dele mesmo apenas o tímido status de “subsídios”.

J. Herculano Pires - outra grande esperança – vasculhou quase tudo a respeito da doutrina, a ponto de ser definido pelo Espírito Emmanuel como “o melhor metro que mediu Kardec”. Sua introdução histórica em “O Espírito e o Tempo” e “Curso Dinâmico de Espiritismo”, bem como outros inúmeros textos sobre o assunto, embora de grande valor referencial, permanecem soltos e dispersos, carentes de uma unidade. Ele tinha condições intelectuais de sobra para realizar essa empreitada, mas receava, possivelmente, por não se considerar um “especialista”, estar se precipitando no tempo e ser mal interpretado pelos próprios companheiros de ideal.

Também as inúmeras biografias e cronologias sobre os grandes vultos e acontecimentos espíritas, igualmente valiosas como fontes, não conseguiram preencher essa lacuna. São reportagens curiosas, ricas em fatos, porém, falta nelas a literatura do especialista, o texto do autêntico historiador, do “métier”, conhecedor do ambiente acadêmico e iniciado no espírito da “filosofia da história”.

São essas marcas que geralmente encontramos nas grandes obras do gênero e nas múltiplas tendências da historiografia, porém ainda ausentes na produção espírita.

Allan Kardec, pela sua magnífica inteligência, ampla formação cultural e também pela sua experiência na manipulação seletiva de fontes, embora não freqüentando os bancos de um curso de História, possuía forte potencial para o ofício de historiador. Mas, no caso dele, era preciso realmente continuar sendo cauteloso, pois na sua época ainda circulava nos meios intelectuais a obra influente de Michelet e fazia grande sucesso o estilo demolidor de Ernest Renan e dos seus pares da Alta Crítica da Bíblia. Sem dúvida, o grande legado de Kardec permaneceu guardado nas páginas da sua “Revista Espírita”, principal fonte da memória dos primeiros períodos do Espiritismo.

Este tem sido o tratamento que vem sendo dado à história do Espiritismo: muitas promessas, algumas tentativas, incontáveis ensaios, o medo persistente de assumir essa grande responsabilidade de satisfazer as expectativas deixadas pelo Codificador e o olhar atento dos críticos e dos inimigos da Verdade.

Com certeza, não tratamos aqui de tudo o que representa o universo do Espiritismo e do seu movimento social, nem conseguimos responder plenamente todas as questões que o assunto levanta. Seguindo o exemplo dos nossos antecessores, fornecemos somente mais alguns “subsídios” para entendermos as origens e os rumos que o movimento espírita vem tomando.

Tanto o leitor espírita quanto o não iniciado vão perceber que muitas informações citadas são da esfera do conhecimento revelado, combinado com as chamadas informações científicas, que são de maior facilidade de comprovação material.

Não temos essa pretensão científica, nem tal interesse, porque muito já foi escrito e comprovado nesse setor, restando apenas o problema ideológico da aceitação pessoal ou não dos fatos. A revelação é, portanto, não somente um problema de caráter lógico, de ciência, mas também de foro íntimo e psicológico. A pesquisa histórica é uma atividade essencialmente científica, mas a historiografia vai além dos instrumentos técnicos da coleta de informações e da organização de dados; ela é a síntese do conhecimento histórico e sua elaboração ocorre sob o efeito intelecto-emocional da expressão literária. A pesquisa é o meio e a historiografia é o fim; a pesquisa é a técnica e o método de acesso seguro, pelos documentos, aos portais da memória; a historiografia é a arte narrar essas revelações do tempo passado. Não foi por outro motivo que os gregos atribuíam aos historiadores a tarefa de imortalizar os fatos, os heróis e seus atos, sob a proteção e inspiração da titã Mnemósine e da sua filha Clio.



Outra característica que leitor vai perceber também é uma grande quantidade de citações (algumas muito extensas), em todos os capítulos. São documentos[1] que dão melhor autenticidade aos fatos narrados e facilitam a comparação das idéias. Mesmo assim, apresentamos um texto mais objetivo e didático; e nas entrelinhas, o enfoque idealizado da doutrina como marcas pessoais do autor. Como se sabe, não existe historiografia e historiadores totalmente imparciais e neutros, daí a ênfase em alguns assuntos e personagens que falam mais alto e esta forma de entender e praticar essas idéias.

Conhecemos as virtudes da obra, que são as virtudes dos fatos e dos personagens, porém desconhecemos muitos dos seus defeitos, que certamente são os nossos. Assim, as opiniões e críticas serão sempre contribuições enriquecedoras, mesmo porque este trabalho continuará sempre em processo de construção, como a própria história do Espiritismo.






Dalmo Duque dos Santos








[1] Este não é um trabalho historiográfico tradicional, de estilo positivista ou marxista, cuja rigidez narrativa quase sempre se atém nas fontes documentais ou na interpretação materialista e sócio-econômica dos fenômenos. Muitos dos documentos que utilizamos são na sua maioria de conhecimento revelado; mesmo assim, não perdem o seu valor, ainda que cultural e de mentalidades, para aqueles que não aceitam os princípios espíritas, sobretudo a sobrevivência e a comunicação da alma após a morte.



Paris em tempo chuvoso, por Gustave Cailebotte, 1877

Postado por Dalmo Duque dos Santos às 09:14







1733 – Nasce na Áustria Franz Anton Mesmer, pioneiro das experiências de magnetismo.

1744 – Em Londres, o sueco Emmanuel Swedenborg tem suas primeiras visões do mundo espiritual, descritas em várias de suas obras.

1746 – Nasce na Suíça o educador Johann Heinrich Pestalozzi, mestre de Allan Kardec.

1761 – Em Dibbelsdorf, Alemanha, na casa do Sr. Kettelhut, surge as primeiras manifestações de Espíritos batedores.

Postado por Dalmo Duque dos Santos às 09:04







1775 – Nasce na Alemanha Christian Friedrich Samuel Hahnemann, fundador da homeopatia.

1788 – Numa reunião de aristocratas em Paris o médium Jacques Cazotte realiza suas fatídicas premonições sobre os destinos dos convidados nas tragédias da Revolução Francesa.

1792 – Em pleno período do Terror, Jacques Cazotte é executado na guilhotina.

1795 – O Conde Alessandro Cagliostro, médium clarividente, torna-se a última vítima de pena de morte pela Inquisição, depois de uma longa agitada trajetória na Corte de Luís XVI. Nasce, em 23 de novembro, Amélie Gabrielle Boudet, a futura esposa e colaboradora de Allan Kardec.

Postado por Dalmo Duque dos Santos às 08:59






1802 – Nasce na França o romancista Victor Hugo.

1804 – Nasce no dia 3 de outubro, na cidade de Lyon, Hippolyte Léon Denizard Rivail. No registro de nascimento consta a data do calendário criado pela Revolução Francesa: 12 do “vindemiário” do ano XIII. No mesmo ano, Napoleão Bonaparte é sagrado imperador pelo papa Pio VII.

1805 – Napoleão decreta o Bloqueio Continental. Chateaubriand publica Atala e René, dando sequência aos temas do cristianismo católico: Atala (1801) e O Gênio do Cristianismo (1802). É criado em Yverdon, na Suíça, o instituto educacional de Johann Heinrich Pestalozzi (1746- 1729).

1806 – Hegel publica Fenomenologia do Espírito.

1808 – O filósofo Johann Gottlieb Fichte declara em um de seus discursos: “Do Instituto de Pestalozzi espero a salvação da Alemanha”. Obedecendo às pressões inglesas e aos efeitos da expansão napoleônica, a família real portuguesa desembarca no Brasil. D. João VI decreta a abertura dos portos às nações amigas. Era o início do longo processo de Independência do Brasil.

1809 – Lamarck elabora a primeira teoria sobre a evolução das espécies. Chateaubriand publica Os Mártires. Nasce em Lyon Benoît-Jules Mure.



Postado por Dalmo Duque dos Santos às 08:52







1810 – Nasce em Varsóvia o compositor Frédéric Chopin. É criada a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

1814 – Aos dez anos de idade, Rivail é transferido para Suíça, em Yverdon, para completar seus estudos no famoso Instituto de Johann Heinrich Pestalozzi . Derrotado um ano antes em Leipzig, Napoleão abdica e é exilado na Ilha de Elba.

1815 – O Congresso de Viena reorganiza o mapa político da Europa e cria uma nova Ordem Mundial. Rivail é admitido como aluno no Instituto Pestalozzi.

Postado por Dalmo Duque dos Santos às 08:46







1818 – Rivail diploma-se com notável formação intelectual, incluindo o domínio de vários idiomas.

1819 – Rivail atua como professor assistente em Yverdon. Nasce José Maria Fernandez Colavida, futuro tradutor das obras de Kardec na Espanha.

1820 – Rivail interessa-se pelas pesquisas de Mesmer sobre magnetismo animal.

1821 – D. João VI retorna para Portugal e jura uma Constituição Liberal.

1822 – Joseph Nicéphore inventa a fotografia. Nasce na França o químico e microbiologista Louis Pasteur. D. Pedro I declara a Independência do Brasil e torna-se imperador.

1823 – Já vivendo em Paris, aos 18 anos, Rivail publica seu primeiro trabalho pedagógico: Curso Prático e Teórico de Aritmética. D.Pedro I inicia seus conflitos com a elite brasileira através da “Noite da Agonia”.

Postado por Dalmo Duque dos Santos às 08:42










1824 – D. Pedro I outorga a primeira e mais duradoura Constituição Brasileira, cujas marcas são o Poder Moderador e o Padroado sobre a Igreja Católica.

1825 – Nasce, no Rio de Janeiro, D. Pedro II. Rivail funda em Paris a sua “École de Premier Degré”. Nasce na Bahia Luiz Olímpio Telles de Menezes.

1826 – Em Prevost, Alemanha, a médium Sra. Hauffe começa a ser estudada pelo Dr. Justinus Kerner. Nasce em Blooming Grove, EUA, o médium Andrew Jackson Davis e na França o editor Pierre Gaëtan Leymarie.

1827 – Desencarna o compositor alemão Ludwig Van Beethoven, o mais influente do século.

1828 – Rivail apresenta o “Plano de Aperfeiçoamento de Instrução Pública”.

1830 – Carlos X decreta as ordenações de julho e uma revolução liberal provoca a morte de duas mil pessoas em Paris. Carlos X abdica e Luís Felipe sobe ao trono da França. Stendhal escreve O Vermelho e o Negro. Nasce nos EUA a poetisa Emily Dickinson. Comte inicia a publicação do Curso de Filosofia Positiva.

Postado por Dalmo Duque dos Santos às 08:31







1831 – Rivail publica Gramática Francesa Clássica e também é premiado pela Academia Real d’Arras. D. Pedro I abdica do trono do Brasil e retorna para Portugal. Tem início o conturbado Período Regencial. Nasce no Brasil, em Riacho do Sangue, Ceará, Adolfo Bezerra de Menezes. Na Escócia o pastor Edward Irving registra em sua igreja um surto mediúnico onde os adeptos falam diversas línguas, semelhante ao episódio do pentecostes.

1832 – Rivail casa-se com Amélie Gabrielle Boudet. Nasce na Inglaterra o físico-químico William Crookes. O papa Gregório XVI publica a encíclica Mirari vos, contra o Liberalismo. Benoît Mure interessa-se pela homeopatia ao ler L´Organon.



Postado por Dalmo Duque dos Santos às 08:26







1833 – Nasce na Inglaterra o médium Daniel Douglas Home.

1834 – Nasce em Sergipe o médium e escritor espírita Francisco Leite Bittencourt Sampaio.

1835 – Nasce, em Verona, na Itália, o médico e antropologista César Lombroso. Nasce na Espanha Amália Domingo Y Soler. Na Província do Pará estoura a Cabanagem. Na Bahia eclode a Sabinada e Rio Grande do Sul a rebelião separatista dos Farrapos. Rivail fecha seu estabelecimento de ensino e passa a trabalhar como contador e tradutor. Nasce Frederico Augusto da Silva, fundador da Federação Espírita do Rio Grande do Sul.



Postado por Dalmo Duque dos Santos às 08:17






1837 – Na Califórnia, EUA, um grupo da seita shakers é abordado por Espíritos indígenas “peles-vermelhas”, que se manifestariam durante sete anos pela mediunidade dos adeptos. Tem início a Era Vitoriana, período que marcará o apogeu do Império Britânico. Nessa época se destacam as descobertas de Michael Faraday sobre eletricidade e eletromagnetismo. Charles Dickens publica Oliver Twist. Nasce na Bahia o pioneiro espírita Júlio César Leal.

1838 – Explode no Maranhão a rebelião da Balaiada, com ampla participação das camadas populares.

1839 – Nasce em Águas Santas, Portugal, Antônio Gonçalves da Silva (Batuíra). Nasce nos EUA o médium Erastus Davenport. Nasce na Inglaterra o pastor protestante e pesquisador espírita Stainton Moses. Mure, Jahr e Croserio fundam o Instituto Homeopático da França.



Postado por Dalmo Duque dos Santos às 08:12





1840 – Benoît Mure inicia no Brasil a propaganda da Homeopatia com o slogan “Deus, Cristo e Caridade”. D. Pedro II é sagrado e coroado imperador do Brasil. Na França a sonâmbula Adèle Maginot, sob a orientação de Affonse Cahagnet, obtém diversas comunicações com Espíritos.






1841 – Benoît Mure converte para a homeopatia o médico José de Gama e Castro. Tem início os preparativos da colonização do Falanstério do Saí.

1842 – Nasce na França o astrônomo Camille Flammarion, “o poeta dos céus”. Nasce nos EUA o médium Henry Davenport.



Postado por Dalmo Duque dos Santos às 08:01








1843 – Nasce na Inglaterra o pesquisador Frederic William Myers. Desencarna em Paris Samuel Hanhnemann.

1844 – Andrew Jackson Davis relata suas primeiras experiências mediúnicas e prenuncia os fenômenos de Hydesville. Mariano José Pereira da Fonseca (Marquês de Maricá) publica Pensamentos e Reflexões, obra brasileira precursora da filosofia espírita. Samuel Finley Breese Morse instala o primeiro telégrafo elétrico nos EUA. Nasce o pesquisador espiritualista britânico Sir Willian Barret. Benoît Mure funda a Escola Homeopática do Rio de Janeiro.

1845 – O “Bill Aberdeen” inglês passa a reprimir o tráfico internacional de escravos. No distrito de Mata de São João foram registradas oficialmente as primeiras manifestações espíritas no Brasil. O cirurgião Vicente João Martins realiza em si próprio experiências de envenenamento e cura pela homeopatia.

Postado por Dalmo Duque dos Santos às 07:58







1846 – Rivail publica o Manual dos Exames para Obtenção dos Diplomas de Capacidades. Nasce em Lorenz o escritor Léon Denis. Dostoievski estréia na literatura com o romance Pobres diabos.

1847 – É instituído o sistema parlamentarista no Brasil. Nos EUA Andrew Jackson Davis recebe em transe “The Principles of Nature, her Divine Revelation”, predizendo o nascimento do Espiritismo.

1848 – Rivail publica o Catecismo Gramatical da Língua Francesa. São registrados em Hydesville, nos EUA, os primeiros fenômenos espíritas na residência de uma família metodista, os Fox. É também o ano da revolução: Karl Marx e Friedrich Engels publicam o “Manifesto Comunista”. Luís Felipe abdica e a França forma a Segunda República. Benoît Mure deixa o Brasil para difundir a homeopatia na África.

Postado por Dalmo Duque dos Santos às 06:14







1849 – Rivail torna-se professor no Liceu Polimático, lecionando nas cadeiras de Fisiologia, Astronomia, Química e Física. Publica Ditados Normais dos Exames na Municipalidade e na Sorbonne e Ditados Especiais sobre as Dificuldades Ortográficas. Fizeau descobre a velocidade da luz. Em Rochester, EUA, as irmãs Kate e Margareth Fox realizam no “Corinthian Hall” as primeiras demonstrações públicas dos fenômenos espíritas. Benoît Mure publica Patogenesia Brasileira e Doutrina da Escola Homeopática do Rio de Janeiro.



1850 - Manifesta-se nos EUA o médium Daniel Dunglas Home, causando grande impacto social. A lei Eusébio de Queirós proíbe o tráfico de escravos para o Brasil. Nasce em Paris Charles Richet. Chateaubriand publica Memórias de Além-Túmulo. Nasce o pioneiro espírita Aristides de Souza Spínola.





1851 – Napoleão III torna-se imperador da França. Nos EUA, o juiz materialista John Worth Edmonds admite publicamente a sua convicção sobre os fenômenos espíritas. Nasce na Inglaterra o pesquisador espiritualista Sir Oliver Lodge. Benoît Mure planeja uma nova colônia socialista no Sudão.

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